quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Êxodus: o lado bom e ruim

Diferente do que ocorre com a maioria das pessoas, em mim o Êxodus teve efeito imediato. Tomei em uma noite de quarta-feira, e na quinta de manhã, quando abri os olhos, percebi que toda angústia já tinha ido embora e eu tinha voltado a ser quem eu era.

Quando contei para o psiquiatra, ele disse: "Que bom que isso aconteceu com você. Em algumas pessoas, demora dois meses para fazer efeito. Eu tenho que suar a camisa para resolver o problema com o paciente, receitar outros remédios...pode acreditar que se você já se sente melhor, vai se sentir melhor ainda."

Eu pensei que fosse difícil que eu me sentisse melhor do que eu já estava, mas é verdade. Acho que há muito tempo não me sentia tão bem. Pensando bem, desde o ano passado eu já vinha sofrendo de angústia (ou depressão, sei lá). Mas  ela durava alguns poucos dias. Vinha de repente, e assim como veio, ia embora. Eu sofria horrivelmente por alguns dias e depois voltava ao normal.

Mas esse ano...a coisa piorou. Eu cheguei em um nível que não era só angústia, era também um sentimento de frustração, raiva, inadequação. Passei a brigar muito com meu marido (ele não diz nada, só ouve, porque detesta brigar - graças a Deus!), e depois de um ataque de fúria, percebi que tinha que procurar ajuda. Eu já estava pensando nisso há algum tempo, mas, enfim, tomei a decisão. Quando contei para ele, ele me apoiou, achou que seria bom pra mim. Eu não queria perder um casamento tão bom como o meu para a depressão. E por isso decidir me tratar. E está valendo a pena, apesar de alguns probleminhas...

Pois bem, tive alguns efeitos adversos:  depois de um mês tomando Êxodus, senti a boca seca por uns dois ou três dias. Um dos efeitos que ainda persiste é a pressão no ouvido quando bocejo. Cheguei a ir no meu ortodontista para sabe ser não era algum problema relacionado à estrutura da mandibula (usei aparelho fixo por três anos e nove meses e continuo indo ao ortodontista duas vezes por ano para verificações). Ele fez um testes e depois perguntou se eu estava tomando algum medicamento. Que coisa chata dizer que você está tomando remédio para tratamento de depressão...! Mas, enfim...ele afirmou que era o medicamento, mas me pediu para tirar uma radiografia só para confirmar que estava tudo bem.

O principal problema é a anorgasmia, da qual ainda não me livrei. Amanhã vai fazer um mês tomando bupropiona, indicado pelo psiquiatra para resolver o problema. Mas até agora nada...orgasmo zero! Parece que perdi meu clitóris em algum lugar...